sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Alma Desnuda

Minha alma, desnuda dos sentimentos mundanos,
Abriga-se agora onde jamais d´antes pôde estar...

Desprotegida, envolve-se secretamente em um limbo,

Ímpio de prazer e paixão, safo de amor e razão.
Minha alma, antes amante, agora desnuda... oculta-se.


Havia-me amor e paixão tantos,
Que à minha pobre alma desnuda, ofuscavam.
Cegavam-me e enganavam-me...
Tanto amor, tanta paixão,

Que a ponto de tocar a felicidade, minha alma desnuda

Julgou-me ser então capaz...
Mas tão logo próximo encontrava-me a tal sensação,
O coração enlouquecia-se e a razão falhava...era minha desnuda alma,

Povoada apenas por loucuras e insentimentos,

Que despedaçava-se avassalada em vasos vazios...

Maltratada em trapilhos... perdida em iniquidades.

Afastada de sua eteridade... vaga na terra.


Minha alma desnuda, prostra-se ante a derrota

Proclamando a mim como seu único dono... novamente.

E a erguendo do chão frio e enlameado de sentimentos

Resguardo-a no castelo desmoronado que ainda há em meu coração.
Minha alma desnuda, antes parte ausente de mim,

Torna ao seu lugar... e ausenta-me do amor.

Minha alma desnuda... Eu sou você.

Grecco Moralles






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