terça-feira, 30 de dezembro de 2008

O que torna você tão especial?

O que torna você tão especial?

É a pergunta que me faço todos dias desde que te conheci

Talvez seja seus olhos. Diamantes raros,
Tão lindos e secretos pra mim

Ou talvez seus lábios, doces e suaves,
Que me envenenam com teu beijo
E tornam escravo de tuas vontades e caricias

Pode ser que seja seu cabelo, macio e perfumado,
Fios de seda, negro véu da noite
Por onde minhas mãos se perdem e te encontram
Entre carinhos e sussurros de amor e querer

Teu corpo???
Esguio e belo, escultura grega, reflexo de perfeição
Que a meus olhos causa encanto e devaneios
E ao meu corpo, os mais profundos e infindáveis prazeres

O que torna você tão especial???

Teu sorriso?

Teu perfume?

Tuas palavras?

Ou seriam os lugares onde estivemos e nos amamos???


Penso, penso, penso... e não encontro resposta
Que explique o que torna você tão especial???

Então, minha amada, somente a uma conclusão posso chegar:
Não há nada... exatamente nada no mundo que torne você especial...
Você é que torna o mundo especial pra mim.

Eu te amo.




Por Grecco Moralles...

domingo, 21 de dezembro de 2008

Eu Você



Não peça-me o que não posso te dar,
Porque vou te machucar quando lhe negar.
Gosto demais de você, mais do que poderia,
Mais do que qualquer pessoa entenderia,
Mas tenho medo desse meu gostar,
Pois ele pode se tornar um amar muito forte.
Porém, mesmo que assim se torne,
Não vou poder estar contigo
Te quero como um amigo
E peço que como amigo se comporte
Desejo teus carinhos, teus afagos, teu amor
Mas não posso lhe dar nada, a não ser dor.
Não percas tuas palavras comigo, não insista.
Não vês o quanto me torna mais aflita!
Me ame, mas me negue
Me deseje, mas jamais a mim se entregue.

Pode ser que eu tenha que me afastar de ti.
Mas eu juro, vou voltar pro ponto de onde parti.
Vou de novo te desejar, vou de novo te rejeitar
E você irá querer, mais uma vez, a mim amar.
E eu vou chorar, vou ser forte, mas vou chorar
Porque eu sei que vou ter que te negar.
Sei que você também vai chorar,
Lágrimas correrão de nossos corações como um rio.
Mas você precisa me entender, meu amor, precisa ser frio.
Me perdoe, por tanto te gostar, por ousar te amar
E jamais poder a teus carinhos me entregar
E em tua boca acalentar minha vontade de te beijar
E com teu corpo exorcizar essa vontade de te amar
Me ame, meu amor, por favor, me ame
Mas, me entenda, para teu leito não me clame.

Eu vou voltar, em teu coração eu vou estar
Em minha lembrança sempre vais reinar.
Amo você, mas não deixe que isso teu coração atordoe.
Apenas seja meu amigo e sempre, sempre me perdoe.


Grecco Moralles

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Carta

Não se escrevem mais cartas de amor. Provavelmente a última carta desse tipo foi escrito há algumas décadas. Seria bom se a expusessem em algum museu para que todos vissem como é ou para que os mais velhos lembrassem de como era uma carta de amor.

Essa não é uma carta de amor. Na verdade eu não sei o que é, mas sei que não é uma carta de amor.

Cartas de amor fazem promessas de um breve reencontro, matam a saudade (ou a aumentam), aproximam corações e fazem com que sonhemos acordados. Já essa que estou escrevendo não faz nada disso. Pelo contrário: É um adeus. Apaixonado, triste, conformado e dolorido. A tal ponto que preciso escrever esse adeus para que eu não me deixe ser tomado pela emoção e ao tentar falá-lo, balbucie ou fique calado como sempre fiz nas vezes em que tentei falar de meus sentimentos para você. Essa é uma carta de adeus.

Dizer o quanto você ainda significa para mim, seria lugar comum, tantas e diferentes foram as vezes que o fiz. Mas posso falar, sem receio algum, o que você significou para mim no primeiro momento em que nossos lábios se encontraram: O nada.
Você abriu meus olhos para o nada que eu tinha vivido e sentido até então. Tudo o que eu julgava significar muito para mim, amores, paixões, saudades e desejos, tornaram-se vazios, opacos. Insignificaram-se em nada diante da incrível sensação de bem estar que seu toque criou em mim. Com seu beijo, linda, eu senti o verdadeiro e pleno amor pulsando em meu coração. Com o seu beijo.

Às vezes procuro uma explicação para tanto sentimento acontecer repentinamente em mim, outras tento entender como tão rapidamente deixei você, só que em nenhum momento consigo encontrar explicação ou um porquê. O fato é que agora eu deixei meu reino, o mor que nasceu em mim por você, acabar em ruínas. Mas não se preocupe, pois, como eu disse antes, essa não é uma carta de amor nem de lamentações. É apenas uma carta de adeus.

Em meu orgulho, eu queria poder te dizer que você jamais irá encontrar um homem capaz de te amar e te fazer feliz como eu faria, mas tamanha é sua beleza, que qualquer homem mais bem-sucedido e experiente que eu, se apaixonaria e a faria a mulher mais feliz e amada que há no mundo. Sendo assim, prefiro desfazer-me desse orgulho egoísta e te falar, com total razão, que nenhum outro homem se sentiria, diante das inúmeras qualidades que você tem, tão idiota e burro como eu me sinto em sua presença. Nenhum homem ficaria tão fascinado e encantado com você como eu fico sempre que você sorri. Sempre que estou com você. Mas antes que você se enjoe de ler, fique tranquila, pois essa não é uma carta de amor nem de explicações. É apenas uma carta de adeus.

Adeus à vida de alegrias e conquistas que até pouco tempo eu sonhava termos juntos, linda. Adeus às palavras bonitas que trocamos e confidenciamos; aos lugares simples que nossa passagem tornou especiais. Às saudades que sentia assim que nos despedíamos e às alegrais que encontrávamos no outro, tão logo nos reencontrávamos. Adeus a esse mundo, inundado de sonhos e prazeres, esse mundo surreal que meu amor criou. A partir de agora volto a minha realidade, de onde ficarei apenas te admirando de longe, como fazia antes de nosso primeiro beijo. Te olhando em silêncio, sem te incomodar com minha presença e minha voz. Apenas lembrando que em algum momento de minha vida, alguém lá em cima olhou pra mim e disse: "Agora está na hora de você ser feliz, meu rapaz. Ame essa mulher e seja digno dela." E você surgiu, moça, para mim. E eu te amei tanto quanto podia. Mas ao te machucar, pequei. E como punição por tal pecado, te perdi.

E ainda te amo, linda. Ainda te amo.

Mas não precisa se alarmar, pois essa carta apenas está se despedindo do amor que eu sinto por você. Não se trata de uma carta de lamentações, explicações e nem mesmo um pedido de desculpas.

E na verdade, essa nem mesmo uma carta de adeus é, minha moça.

É apenas uma carta de amor. Por você.


Eu ainda te amo.

Por Grecco Moralles

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

O Vazio


Pensei ter forças para não viver Ter coragem para desistir
E determinação para perder... Pensei que a dor fosse me extinguir

E meu coração, sem você, fosse voltar a bater
Bater tão forte e esquecer o quanto te feri...

Pensei... mas pensei errado.

As forças me faltaram e eu vivi
A coragem não cresceu... e eu continuei
E a perda...
Essa eu não consegui compreender.

Sou um covarde que não suporta a dor
Uma torre de pedras que circunda um coração
Sou fraco...e por isso te feri
E eu não queria.

Agora, de todos prazeres que há na vida me despeço e os renego...
Não os quero
Pois hoje eu vejo claramente
Que a força, a coragem a determinação
Somente em meu coração habitavam
Para um dia te fazer sorrir

Sem você
Sou um apenas um homem vazio...

Por Grecco Moralles...

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Além do Olhar

"Somente com o coração nós podemos ver com clareza. O essencial é invísivel para os olhos." - A Raposa


Antes parecia uma mera vontade, uma simples distração
Ler suas palavras, que de certo a vários homens já encantaram
Talvez nada fosse além de uma simples curiosidade
Talvez...

Talvez se tua beleza não refletisse na leveza de teus dedos
E as palavras confessas que por aqui me disseste
Não fosse tão puras e sensíveis, não me tocassem tanto
De ti não sentiria essa saudade que me segue a todo canto

Talvez,
Se fosse eu somente mais um dentre tantos em teu convívio
E não enxergasse em você a formosa dama para extirpar meu acalanto
Afugentando de vez essa sensação de solidão, me trazendo alívio
Eu não teria entregado a ti, mesmo que por aqui, todo meu fascínio e devoção.

Mas não! Você é e desde o princípio se tornou senhora régia de mim
Enfeitiçou-me como a um garoto que se depara com a mais bela das mulheres
E se apaixona
Envolveu-me com teu sorriso misterioso e teu olhar incerto...E eu permiti
Por ti me apaixonar, permiti
A ti meu coração abrir e nele instalar seu trono, seu castelo...
Seu carinho

És bela, nunca tive dúvidas.
Eu te via todas as noites em meus sonhos
E todos os dias contigo sonhava, minha Rainha
Porque se de tua beleza física, por alguns instantes me privara
A tua beleza de mulher, essa nunca conseguiste ocultar. E eu te enxerguei
Com os olhos de meu coração... agora seu lugar.

Te gosto... E isso ninguém pode mudar.



Grecco Moralles

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Teu Olhar


Os olhos de minha amada
Belos e reluzentes, são assim
Como os olhos de todas mulheres
Que por um homem amadas são
Mas por serem eles os de minha amada

Aos de ninguém mais ouso comparar

Pois de tão lindos e penetrantes que são
Olhos de ninguém mais consigo enxergar



Os olhos de minha amada,

Guardiões fiéis de sua beleza secreta
Condenam-me todo dia ao eterno amor

De tão bela dona que os tem, ter que conquistar,
De guerras e batalhas sem fim, ter que vitorioso sair
Para enfim o carinho e devoção de minha amada alcançar.

Trazem a paz e a serenidade, belos olhos,
Ao meu coração, enveredado por entre labirintos de sentimentos
Que em meu peito são erguidos todas as noites,
Quando longe de minha amada respiro
Porém, uma vez que seu olhar tenho deitado sobre mim

À guerra e à batalha parto novamente,

Para novamente, de teu amor e tua paixão, me tornar o alvo.

Em meio ao firmamento, há uma tempestade se aproximando
Quando seus olhos, minha bela amada, semi-cerrados ficam ante mim

Há um vendaval a me espreitar por todo o dia

Se teu olhar de alegria, o meu de saudade não encontrar


Verdade é, minha moça amada

Que as palavras que agora digo a você nada são,

Senão meros sons desencontrados,

Batidas de um coração apaixonado e descompassado

Verdade é, minha bela mulher amada,
Que sei o quão pouco significa tudo o que lhe falo agora,

Mas ainda sim, conhecedor de tal insistência vã

Escrevo com alegria no coração, pois sei que neste momento,

Teus belos olhos, espelhos do brilho noturno da lua

E reflexo perfeito dos raios da estrela sol

Estão agora compenetrados em minhas palavras ler...

E a teus olhos, minha mulher amada,

Que dedico tão sinceras e singelas palavras...


Ao teu olhar, minha princesa do castelo de mil torres.



Por Grecco Moralles...

domingo, 22 de junho de 2008

Por Você

Se buscas alguém que te leve ao céu,
Te mostre as estrelas e a lua,
Que te faça sonhar acordada
E dormir segura de feliz acordar...
Buscas pouco, quase nada.
Perto do que por você eu sou.

Se queres um homem que te proteja e te acolha
Nesse oceano infinito que é a vida,
Cheio surpresas e tempestades,
Bonanzas e vidas espetaculares
Se é um homem que queres, para teu barco navegar
Queres pouco, quase nada.
Perto do que sou para você.

Quando o céu quiseres tocar
E a lua em teu aninhar,
Feche os olhos, e me abrace,
Pois por ti e para ti, eu serei o céu...
E meu coração, quando junto teu,
A lua se tornará. E então seremos o infinito.

Quando na vida se perderes
E achares que nesse oceano sem fim navegas sozinha...
Feche teus olhos e abra seu coração
Pois eu sou o oceano que te abriga e protege de tudo
O oceano que embala para dormir
E prepara o mais lindo raiar do sol,
Para que teu sorriso, em minhas águas possa contemplar.

Para todos há um caminho na vida.

Mas para você, meu Amor,

Que de alegria e felicidade
Meu coração fez transbordar,

Eu sou uma estrada...
A mais longa. A tua estrada.

Por Grecco Moralles...

Encontro


Nasci.
E tu aqui já estavas.
Quando para a vida despertei,
Tua beleza outros outros olhos já despertava.
Chegaste antes de mim, e por mim esperaste.
Tuas paixões, teus amores, teus segredos,
Como uma preparação sem fim você os viveu.
E eu, pueril e desconhecedor de tudo
Apenas brincava e sorria.

A vida aos poucos nos ensinou:
Você a caminhar e eu a me levantar.
E aprendemos.

Chega o momento de nosso encontro
És bela, és formosa, és mulher feita
Com dores e amores, experiências e frustrações vividas
Sou belo, sou viçoso, sou homem em construção
Com amores sem fim e dores maiores que outras
Que frustra e apaixona... E por ti me encanto
E eu que paixões tantas causei, agora por ti me apaixonei
Em silêncio, em segredo, pois não podia.

Em silêncio e em segredo
Nossos corações começaram a bater juntos.

Minhas palavras tua alma encontraram.
Tua fortaleza, teu coração, em meu peito se alojaram
E nos apaixonamos. Nos amamos.
Então percebi que esse tempo que tiveste antes de mim
Não foi precipitação, não foi um desencontro.
Foi sim o único meio, para me preparar ao teu amor.
O único meio, para que um dia
O meu amor pudesses compreender.


Agora, olhas para o lado e não me encontras
Procuras me avistar, procuras me encontrar
Mas não me verás mais. Não com teus olhos abertos.
Me encontrarás, meu Amor, quando teus olhos fechares
E dentro de coração puderes enxergar,
Pois ele agora é o meu lar.

Por Grecco Moralles...

sábado, 21 de junho de 2008

A Favor do Tempo

É preciso acordar cedo e esquecer dos sonhos,
Seguir pela estrada e esquecer o caminho
Ter que se perder no mundo e não conhecer ninguém
Ir até o final da rua e descobrir que todas sempre acabam

É preciso dar um abraço em Maria e apertar a mão de Antônio
É preciso ganhar do Fábio e perder o senso de direção
Desacreditar no mundo e seguir em frente
É preciso te beijar... É preciso te amar.

Tenho que chorar de tanto rir de alegria
E rir de tanto chorar de tristeza
Tenho que amarrar o cadarço e apertar o nó da gravata
(Tenho que comprar uma gravata)

Tenho que te amar...

É tempo de despertar, tempo de abrir os olhos
Tempo de esquecer, tempo de lembrar
Ainda está em tempo de segurar tua mão e não largar
Ainda há tempo para te beijar.

Preciso te beijar...

Mais do que preciso é necessário.
E enquanto houver tempo, necessário há de ser.
Teu amor é necessário em meu peito.
E ainda há tempo.

Por Grecco Moralles...

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Dia dos Namorados


...Namorada é menina bonita. Pode não ser beijada todos os dias, mas é amada a todo instante. Namorada é mulher macia. Gostosa de apertar e cheirosa de sentir. Tem sempre um beijo doce pronto em seus lábios e um sorriso plácido em sua face. Tem as mãos leves e delicadas, quentes ao acariciar e inflamadas na hora de amar. Seu nome, se diferente é lindo, se estranho é único e se belo é bárbaro. Com uma namorada, se não a namoramos, sonhamos com ela. Acordados. Sempre. Uma namorada é sublime.
...Eu não tenho namorada. Não tenho uma menina bonita pra beijar e nem uma mulher macia para apertar. Mas me sinto teu namorado (sem o ser), pois quando te beijo, meu coração inflama e minhas mãos tremem.
...Sou um homem enamorado por ti, porque quando a tenho em meus braços, tento roubar todo o ar em nossa volta para guardar teu perfume e poder sonhar contigo por toda a noite. Sem dormir.

...Você não é minha namorada, dama do castelo. Mas meu coração namora contigo todo o tempo. Por que você é menina bonita e mulher macia. E é somente você que meu coração consegue enxergar, pois você é uma guerreira fascinante. E te amo.

"De todos amores que já vivi,
O que mais sinto falta é aquele que ainda está por vir e me fará pensar, pelo momento que eu amar, Que esse enfim, é o meu primeiro amor."

"Hoje eu amo você com a intensidade do primeiro amor,
mas sinto saudades como se esse fosse o último...
como se nunca mais fosse amar alguém.
E talvez seja verdade."

Por Grecco Moralles...

domingo, 1 de junho de 2008

Juras de Amor

Ele:

Todo amor que houver na vida, minha amada, seria insuficiente para comportar todos sentimentos bons que há em nossos corações.
Hoje eu quero ser feliz e fazê-la feliz. Quero ter o calor e a inocência de nosso primeiro beijo, de volta em nossos lábios. Como quem busca vida, em meio aos jardins celestiais e encontram o abrigo manso da paz divina. E o abrigo para teu coração são minhas mãos. Minhas mãos que o protegerão e serão seus mais forte e resistente castelo. E tuas mãos, meu abrigo, escudo de meu peito e de meu carinho, construirão junto as minhas, o mais majestoso palácio, abrigo eterno de nosso amor. Hoje eu quero ver em tua face, o primeiro sorriso que deu para mim. Sorriso de criança, de menina. Sorriso de mulher que encanta e apaixona meu coração. Que me faz chorar com o silêncio de tuas palavras e me faz sorrir com a beleza de tua cantiga. Quero, meu amor, ser teu companheiro eterno. Ser teu amigo mais sincero e teu homem mais dedicado e fiel. Me ajoelho diante de ti e te entrego meu coração.

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Ela:

Todos bons sentimentos que há em mim, meu querido, são incapazes
de traduzir a expressão de meu amor por ti. Hoje eu quero encontrar em teus olhos a felicidade que eu tanto busco pra mim. Quero o teu beijo que tanto me aquece e tanto me faz sentir mulher, acariciando meus lábios e percorrendo meu corpo, como quem se perde no mais belo jardim e com por toda sua vida, embrenha-se cada vez em tão belo e aconchegante jardim. Meu corpo, meu beijo. Eu te entrego, meu amor, minha alma. Ela já não é mais parte de mim, mas sim eu parte dela. Minha alma, você, minha vida. Eu a entrego em suas mãos e deixo por tua conta minha felicidade e minha vida. És agora meu castelo, meu mundo. Hoje eu quero ser a razão de teus sorrisos e o fim de teu silêncio. Quero sentir-me em teu abraço como a mais amada e desejada criança. Tua menina. Tua mulher. Tua vida. Quero, meu amor, ser tua companheira eterna. Ser tua amiga mais sincera e tua mulher mais dedicada e fiel. Me ajoelho diante de ti e te entrego meu coração.

Por Grecco Moralles...

Apaixonado


Estou apaixonado, essa é a verdade. Pouco me importa se dizem que a paixão é fogo passageiro, é intensa no começo, mas logo acaba. Pouco me importa se dizem que paixão não é amor. Simplesmente estou apaixonado.
Amanhã, pode ser que eu não goste mais de você. Pode ser que eu ria dessa minha paixão de agora ou pode ser que eu chore por não ter conseguido conquistá-la. O amanhã é incerto. É um mistério. Mas o meu hoje é paixão.
Se eu te amasse, iria jurar estar ao seu lado por toda minha vida e te querer bem, e te fazer sorrir e te dar carinho a todo instante. Mas agora eu não te amo. Talvez amanhã. Hoje eu estou apaixonado por você. Não farei juras, não farei promessas. Nem mesmo garantirei que sentirei o mesmo amanhã. Sei que te quero. E isso é paixão. Sei que olho para tua boca e quero senti-la acariciando meus lábios enquanto te enlaço com meu abraço e sinto teu corpo junto ao meu. Isso é paixão. Porque agora, é só em você que penso e é só por você que estou aqui. Para ser seu e aos teus pés entregar-te minha cumplicidade, pois estou apaixonado por você.
Se eu te amasse, eu não saberia descrever com palavras o que sinto. Todas as belas metáforas da vida não seriam suficientes para expor tal amor. Mas estou apaixonado, e por isso quero deixar, hoje, bem registrado o que quero de você: Uma vida inteira vivida no espaço de um dia; beijos ardentes, que sempre começam mas nunca terminam; toda a intensidade dos sentimentos mais sinceros e bons que existem em nós dois; todo o calor do desejo e de tua pele... Eu quero você.

Mas não venha me perguntar se eu te amo, porque não responderei. Apenas direi que estou apaixonado e que enquanto assim estiver, serei somente teu.


Por Grecco Moralles...

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Guerreiro

Hoje conquisto teu amor.
Salto o muro do castelo que ergueste a tua volta, luto contra seu exército de dúvidas e receios, atravesso em segundos a ponte sem fim sob o mar de lágrimas derramadas por nosso sofrimento, ponho abaixo os portões impenetráveis de teu coração e escalo rapidamente a torre onde te escondes do calor de minha paixão.
Te encontro deitada em teu leito de princesa. A pego em meus braços e te amo. Feliz por eu te encontrar, você sorri e me abraça. E então nos entregamos enfim ao nosso desejo. Quem eu sou?
Sou o cavaleiro andante e solitário, derrotado em várias batalhas e guerreiro da guerra sem fim que é te conquistar. Sou teu poeta dedicado, que, inspirado em ti , escreve as mais belas palavras de amor e as sussurra toda noite em teu ouvido durante teu descansar. Sou o trovador apaixonado, que te entoa em canções e te enaltece com as mais belas notas. Sou teu campeão, teu herói. Teu corcel e teu abrigo seguro. Sou enfim, aquele que amanhã saltará novamente o muro de teu castelo e após mil perigos e desafios, conquistará teu amor e se entregará à suas vontades.
Por que minha vida é você. E por você fui escolhido, minha princesa.

Por Grecco Moralles...

sábado, 10 de maio de 2008

Ciclo













A chegada. Os olhares, a hesitação e o abraço.
Palavras, sorrisos, o chão e o além. Olhares. Silêncio.
A chuva, o frio, as mãos e o abraço. O abraço. O abraço. Olhares...
A pressa, o medo, a pressa, o receio, a pressa... a certeza.
O cabelo, o rosto, os olhares, os olhos, o escuro.
O beijo. Um beijo. O beijo.
A luz, os olhos, os olhares, a boca, o rosto, o carinho.
O silêncio.
A mão, o olhar, o não querer, os passos, o corpo, a distância. Perfume, gosto, saudade, dor. O fim.
O tempo, a saudade, a solidão, a raiva, a paixão, o desencontro, a desistência.
A insistência, a vontade, o medo, a vontade...
O encontro. A distância, o corpo, os passos, o querer, o olhar, a mão.
O silêncio.
O começo.

Grecco Moralles

segunda-feira, 28 de abril de 2008

O Choro dos Bebês

Nesse momento o choro seca e a dor é tão forte que não é mais sentida. Através da janela de meu quarto foge um suspiro meu e por toda rua uma estranha felicidade é despejada pelo ar. Todas as bocas então sorriem seu mais belo sorriso. A mão que antes batia agora acaricia e o dedo que acusava e culpava agora convida para um doce beijo. Beijo bonito. De adolescente, de namorados que se encontram escondidos durante a missa. Beijo que filha querida dá no pai quando chega de noite do trabalho. Beijo imerso em felicidade. E essa felicidade se multiplica.
Crianças correm de mãos dadas, gritando e tropeçando. Caindo e levantando alegres porque não se machucaram e podem continuar brincando até amanhecer. Não há castigo. Não há medo. O ladrão desistiu de roubar e o matador perdeu sua arma porque já não sabe mais usá-la. Que essa alegria se multiplique e faça com que a moça que está adoecida, deitada em sua cama, pule de repente e comece a dançar de mãos dadas com sua mãe, então espantada, mas feliz. Os cachorros não mordem nem latem tão alto, apenas deitam no chão e rolam sem parar, tentando fugir das cócegas e das brincadeiras da menina que chorava por seu cachorrinho perdido, agora não mais perdido, mas sim encontrado por outra família. Família de americanos, latinos e baianos que se também se encontraram e se amaram. E esses encontros se multiplicam.
Mães não choram, mas sorriem emocionadas ao reencontrarem seus filhos que foram trabalhar longe e agora estão férias, de volta às suas cidades natais com toda a família. Pais ensinam seus filhos a pescarem, mesmo que esses continuem sem querer aprender e para desespero de seus pais só queiram saber de pular na água e nadar. Nadar até o rio não terminar mais e se tornar mar. Navegar até o mar não terminar de afundar e se tornar o oceano. Sonhar até o oceano encontrar o sol e se tornar horizonte. E seguindo por esse horizonte, vão de um país a outro, risadas de crianças e palavras de bebês que ninguém consegue entender, mas todos acham lindas. Ninguém os entende de fato. Mas compreendem. Não com os ouvidos, mas com o coração. Porque é em seu coração que aquela criança que um dia você foi, que corria, caía e se levantava para continuar brincando, hoje brinca. E você nem a ouve mais. A língua que os bebês falam é tão linda. Eles têm, a cada dia, mais cara de joelho e parecem que nunca vão crescer. E isso os torna mais lindos e chorões ainda. O choro de um bebê é a felicidade da mãe, pois seu filho a está chamando para perto. Que todos os homens chorem feito bebê e tragam as mulheres que amam cada vez mais para perto de si.
Não haverá mais distância. Todos estarão tão juntos que não precisarão mais gritar para serem ouvidos. Todos estarão tão próximos que até mesmo você, princesa de meu reino, isolada em seu castelo de mil muralhas que construiu para se esconder de meu amor, poderá sentir uma pequena coceirinha, na ponta de seu lábio, e sorrir sem se dar conta.
É o mundo que sorri, é o choro que alegra. É a dor que passa e a felicidade que chega de repente se instalando em seu coração, são as mãos que se cumprimentam e não se soltam mais. É o rio-mar-oceano no horizonte. É todo o planeta sussurrando que te ama. Consegue ouvi-lo?
São os pedaços de meu coração que está partido e deixou meu amor por ti se espalhar por aí.
Ai de mim, que tinha um coração tão frágil que não conseguiu suportar tamanho amor. Ai de mim, B.


Por Grecco Moralles...

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Pequeno Relato de um Momento

Tenho uma vida passando diante de meus olhos. E eu apenas a observo. Sentado.
"Cogito ergo sum", disse um sábio. Te vejo, para isso existo, digo eu, apaixonado. Mas não quero apenas existir. preciso viver. E agora, os poucos momentos que tenho de vida, são aqueles em que existo dentro de teu abraço. Sou tanto contigo e tão pouco sem você.
Observo quando você chega. A noite que há lá fora te segue e o brilho misterioso que vem do céu, vem todo para junto de ti. Fecho meus olhos para sonhar você, sentada ao meu lado, sorrindo comigo e me encantando com a magia de teus lábios. Quando você sorri, teus fastos lábios afinam-se gentilmente, duas maçãs rubras e saborosas surgem em sua face, uma sutil camada de brilho reluz em teu olhar e seus olhos, duas romãs perfeitas, me convidam à felicidade. Mas logo percebo que não foi ao meu lado que você sentou-se e fico apenas com o mistério distante de teu brilho. Brilho da noite.

Apenas te vejo, todos os dias, e somente existo.
Qual sábio pode me ensinar as palavras para viver?
Tenho uma vida passando diante de meus olhos. e eu apenas a observo. Sentado.
Preciso me levantar e sentar ao teu lado... assim que amanhecer.


Grecco Moralles

Ontem a Noite

O sentimento mudo persiste,
Insiste e resiste em não calar-se.
A voz não consegue evadir-se
Mas o sentimento precisa relutar

Um conflito intenso instala-se ali,
A luta por liberdade instaura-se em si.
A voz, que sempre obedece, cala
Diante da ordem implorada pelo sentimento

Calado, o conflito faz vítimas
Fere, corrói, duvida e dói
É a vingança silenciosa de um sentimento
É o sofrimento gritante de uma voz

Visão turva,
Joelhos prostram-se
Mãos cegam olhos
e a voz permanece inaudível

A boca grita o brado de liberdade
De um sentimento confinado à razão
Os dentes, rangendo, suprimem a voz
E aquele momento mistura-se ao passado

Você já foi... e não me ouviu.

Por Grecco Moralles...

Partida

Para tão extenso desejo, incompreensível razão de te amar
Pára! Brada-me tu diante de meus incessantes erros
Pára meu peito, frente tua ordem.
Pára meu tempo, ante tua dúvida.
Para meu peito, acolho tua ordem
Para meu tempo, aceito tua dúvida.
.
E me silencio no silêncio do teu amor
.
Parte de mim grita debalde por tua compreensão
E de mim parte a incompreensão que em ti debate
Parte de ti olha-me com a incerteza de tua paixão
E de ti parte a decisão, antes que meu afeto ao teu se ate
.
Parte você de mim.
Eleva em mim a parte que é dor.
E leva, de meu peito a única parte:
Aquela que bate...



Por Grecco Moralles...

Poema da Verdade


Sou um idiota (um jumento),
E ás vezes me odeio por isso
Sou tão burro
Que ás vezes m decepciono comigo mesmo

Sou um poço de defeitos:
Tenho dente torto e letra feia
Tenho pouco cabelo e muito pelo
Sou magricelo barrigudo
Teimoso, ranzinza, egoísta e egocêntrico
Ariano, falso ateu, falso intelectual, falso poeta
Não sei me vestir, não sei falar bem o inglês
(Nem o português)
Meu time só perde, eu me perco, tudo que tenho eu perco
Uso minha força quando devia usar o coração
Uso o coração quando devia ser racional
E sou racional quando devia chorar.
Tenho dívidas (e não pago)
Tenho amigos distantes (e não mando cartas)
Tenho pais e não os abraço,
tenho irmãs, mas elas não se dão conta de minha existência
(E nem eu da delas)
E não sei contar piadas.

Sou um idiota, um burro.
Sou um pouco de defeitos
Mas para mim você é perfeita
E isso é algo bom em mim.
Por isso te amo...



Por Grecco Moralles...

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Dela

Deixa eu deitar em teu colo
E fingir que ainda sou tua
deixa eu me proteger em teu peito
E acreditar que tu és o meu homem
Eu te amo, não vês?
Mas por que insistes em me querer?

Segura forte minha mão e me leva
Para longe desse lugar, para teus sonhos
E ao menos por um instante,
Me faz acreditar que é possível
Me faz sentir mulher
Me beija com tua boca molhada de desejo
E acaricia meu corpo com todas as tuas mãos
Me aperta e fecha meus olhos...
Mas me deixe voltar a existir. Me solte.

Como podes ser tão tolo
E achar que eu te amo?
Como podes ser tão bruto
E apertar meu coração em tuas mãos?
És cego? Acaso não enxergas? Não vês
Que tuas mãos são o abrigo de meu coração???

Eu te amo... mas não acredite em mim
Feche meus olhos e me faça sonhar contigo.
Eu te amo...
Mas não acredite em mim. Sou tua mulher.



Por Grecco Moralles...

Poema de Despedida (Sem Poesia)

Pode ser, e isso haveria de doer
Que no primeiro instante após você partir
Eu ainda consiga sorrir e achar graça
Por você querer seguir sem mim
Pode ser, talvez
Que de costas, você pareça chorar
E eu irei acreditar nesse choro
E acreditar que eu te faço falta

Pode ser, e isso haveria de me comover
que um dia, por entre os vários caminhos do destino
eu irei pisar em uma das várias pedras
Onde um dia nós namoramos até anoitecer
E uma lágrima insista em fugir de meus olhos
quando eu relembrar comovido,
que naquele dia você me amou.
Então o vento trará com o ar, o teu perfume
e levará embora essa lágrima...
Então irei sorrir.

Pode ser, e isso haverá de ser
Que eu talvez me apaixone, mas não ame
E apaixonado eu torne a beijar (ou ser beijado)
Mas, ao estranhar meu beijo, ela me pergunte
Em quem eu estava pensando.
E com receio de minha pronta resposta
eu tenha que pensar, pois não irei querer magoá-la
E mesmo assim, tenha que muito me esforçar,
Pois ainda será difícil
Teu nome, em minha boca calar.

Pode ser, B.

Por Grecco Moralles...

quarta-feira, 19 de março de 2008

Rua XIV


Minha rua, íngreme e tortuosa
Se extende por toda a eternidade
Passa por lugares estranhos, de estranhas casas
Onde pessoas estranhas vivem (ou convivem)
E passa todos os dias pela minha rua

Há alegrias em minha rua, como em todas as outras há
que colorem meus passos e o sol fazem raiar
Há alegria em minha rua, e em que nenhuma outra há
Que faz com que eu abra plenamente
As janelas de meu coração, da minha rua habitante
E deixo a alegria de minha rua, sorriso da bela moça,
nele erguer sua felicidade e fazer o sol voltar a raiar

Há uma única e especial moça em minha rua
Que em todas as outras ruas e travessias
Igual não há
Mas amores iguais ao meu
Por ela em todos os corações há
E ela passeia todos os dias até o fim de minha rua
Fim do meu amor
Início de outras travessias
Fim do alcance do meu olhar
Início de outras poesias.



Grecco Moralles

segunda-feira, 17 de março de 2008

Paisagem Pronta

(Da janela da minha classe)

A vista da paisagem pronta transborda de solidão aquele que a observa. Solidão companheira, que faz sentir-se só, porém acompanhado por aqueles que a paisagem pronta observam. É certo que lá, na paisagem pronta, muitos estão a brincar. São crianças, são pequenos... distantes. Estão longe do olhar, como formiga que tomamos cuidado pra não pisar. Mas lá estão. Na paisagem pronta, a serem observados por aqueles que para lá estão a olhar.
As formigas, crianças que lá estão, parecem livres. Tão satisfeitas. Tão protegidas. Estão felizes com suas brincadeiras prontas, em lugares já conhecidos. A paisagem pronta é sempre a mesma para quem a está a olhar. As brincadeiras são sempre as mesmas. Os amigos não se renovam. Que bom parece ser. Tudo tão fácil. Tudo tão óbvio. Tudo ali... pronto, bastando só chegar e brincar. O limite da paisagem pronta transpõe-se para a imaginação das crianças. Ali é seu mundo, sua imaginação. E lá, nesse mundo, não há limites para o sonhar, para o criar. O que está além é desconhecido. Não pode a imaginação limitar. Não pode a paisagem apagar. Nem mesmo quem vê o além da paisagem pronta, não pode imaginar o quanto é difícil ir até lá. Porque agora, que tudo está a sua visão, que tudo está ali, fácil, agradável e simples, não há para que sonhar. Basta admirar. Basta não passar os limites da paisagem pronta.

Grecco Moralles

domingo, 16 de março de 2008

Rascunho De Quando Eu Envelhecer

Sentado em um banquinho à beira do mar, contemplo este. Imenso. Inspirador. Profundo. O mar. Testemunha (viva) de tantos amores e tantos sofrimentos. Talvez de onde todos tenhamos vindo e para onde iremos um dia. O mar. É bom admirá-lo. Ao mesmo tempo é atormentador. Escritor que sou, sinto-me obrigado a aproveitar o que esta vista tão rica me faz pensar. Aproveitar e passar para o papel. Começo então a olhá-lo com mais atenção em busca de um início. Tão inspirador é. Tanto a oferecer possui.


Em teu leito manso repouso meu curioso olhar
E busco teus segredos mais profundos (pois assim o és),
Por palavras tentar revelar, mas tuas vagas os escondem
Trazem meros sussurros de sua vida de encontro à areia
Para tão logo após a encontrar, desaparecem. Egoístas.
Como posso, Mar, encontrar em ti o que em vida não enxergo?


Amar o mar é tarefa para os marinheiros. A maresia inebriante afeta-me de forma que mal consigo ordenar meus pensamentos. Parece um vício. Vício gostoso.


O sol, quando teu leito encontra, mar
Toca tuas frias águas e te faz ferver a superfície.
Lenda de marinheiro, sonho de criança
Navegar até teu limite e ver
Para onde o sol vai quando tu o cobres por inteiro.
Onde está agora?


Sentado em um banquinho de praia, no calçadão à beira-mar, o mar opõe-se a meus pensamentos e olha dentro de meu coração. -Quem é você?- Pergunta ele. –Um louco que busca inspiração em ti.– E suas ondas riem-se de mim infinitamente. Mostram seus dentes abertamente e cobrem-me de vergonha. Não tenho mais vida para desfrutar o mar. Apenas olhos para admirá-lo.
Duas crianças tomam minha atenção, correndo em direção ao mar. Dois garotos. Mesmo vestidos, brincam com a água e com as ondas que cobrem seus pés. E seguem assim correndo por toda a praia. Divertem-se tanto. Todo o mar parece divertir-se com eles.
Eu apenas olho. Perdi muito tempo pensando.
-Em que praia deixei minha vida?- Pergunto-me.

Suspiro e apanho meu lápis caído ao chão.

Grecco Moralles

O Beijo Que Não Dei (Último)

Perdeu-se no apagar das luzes
Ficou sozinho no palco, no aguardo
Dos aplausos daqueles que se foram
(E não o viram)
O beijo que eu não dei
Foi de todos o mais lindo, o mais intenso
E tornou-se o mais triste, o mais cinzento
Mas dentre os que desperdicei
Como sinto falta em meus lábios
Do beijo que eu não dei

A garota mais linda da escola
Jamais sentir-se-á realmente amada.
Quando em seu leito, a esposa entregar-se,
É de minha boca que desejará o nácaro
(E não o terá).
Não foi de ninguém... Nem mesmo meu.
De todos, é o que mais sinto falta
O beijo que eu não dei...
Não houve.

Quisera eu no tempo voltar
Quisera eu, jovem rejuvenescer
Em meus tempos áureos
Voltar a viver
E então, jamais deixar-te partir
Jamais soltar tua mão...
Enxugar a lágrima corrente de teu olhar
E deixar-te ver em meus olhos
Que para sempre iria te amar

Jamais soltar tua mão
E deixar, esperançoso, em teus lábios
o beijo que eu não TE dei.
Por Grecco Moralles...

quinta-feira, 13 de março de 2008

Para Ninguém

Da solidão fez-se a luz
Que aqueceu fervorosamente
Este coração inundado de sonhos,
Mas vazio de sentimentos
Até então
Um desses sonhos se realiza:
Te encontro... e o toque
feliz de nossas mãos se descobrem
Como em um toque de mágica
Nossas almas se amam
E ao toque de harpas e bandolins
Nossos lábios se entregam enfim

Queria poder traduzir em palavras, todos sentimentos confortantes que sinto ao te tocar. Mas qual intérprete seria capaz de dizer o que sussurram os deuses entre si quando amam? Oráculo não há que por si só se faça entender. Palavras não há que juntas revelem o prazer que é te amar.
E se palavras não são suficientemente hábeis (ou seria eu?), que a alma exponha então o que a pena não pôde. Que quando meus olhos brilharem avidamente como o pôr-do-sol, mesmo que negra noite, você saiba que assim estão pelo ardor radiante de minha alma ao te ver. Que meus ouvidos, mesmo quando perdidos na mais virgem das florestas, ouça o silêncio de tua respiração e guiem-me rapidamente para teus braços de paz e carinho. Porque o teu silêncio é como música para meu coração.
Quando em ti, e minha boca fremer por paixão sem saber como responder à tuas confissões de amor, sussurradas mansamente aos meus ouvidos, densas, entre carinhos e cumplicidades, transbordando-me a alma com teu calor e incendiando-me o olhar, que palavras me faltem e meu beijo seja o intérprete mais fiel e oráculo mais claro do coração. Porque quando em você beijo, tudo pára. Nada além de nós há. A dor cessa, o vazio se preenche e meu sonho em ti se realiza. Meu beijo em ti, fala quando todas as bocas se calam. Tudo se silencia. Tudo cessa. Porque nosso beijo agora é música divina.


E eu aprendo a falar: "Te amo."


Por Grecco Moralles...

Sombras


As horas passam...
O tempo se esvai... não vem.
O que vem é a sensação incômoda
Da falta que faz aquilo que não há
Faz sentir um vazio opaco, triste
Uma ausência que preenche
Todo o espaço seco
Que nos cantos sombrios
De minhas amargas lembranças
Há...
As horas passam


Ao acordar, a sensação aparentemente confortável de seu leito é imediatamente substituída pelo manto frio da solidão. Há no ar um peso constante e inquisidor, mas não de culpa, não acusador. Perseguidor. Como um cão de caça que não se cansa nem hesita enquanto não tiver em seus dentes a presa. Prêmio para seu dono. Assim como o cão, o ar, antes por ele inspirado, agora o perseguia. O castigava. Que segurança poderia haver em viver?
Sua casa não mais o acolhia. Não mais guardava as lembranças dos bons tempos de sua aurora. Era agora seu cárcere. Masmorra putrefata e lodosa, infestada de ratos e morcegos. Ambos carnívoros de sua carne, corpo dolorido de solidão e desprazer. Sua casa era seu algoz. Frio e paciente. E o dia mal começara.
As horas passam. As dúvidas ficam e o tempo as fortalecia. Que sensação incômoda o tragava para um profundo mar. O medo. Essa doença da alma que empobrece a nobreza dos homens e pulsa vagas de ar para o coração. Como a presa, manchada pelo disparo da espingarda, foge mortalmente do cão feroz que agora a persegue, foge pela vida, pelo medo, ele também debate-se desesperadamente tentando fugir do vazio silencioso do mar que o suprime. O mar inquisidor que é agora o medo em sua alma.

(Continua...)


Grecco Moralles

sábado, 8 de março de 2008

O Baile Vermelho

Então você chega envolta em seu vestido vermelho, o mais belo de todos, que enfatiza e faz jus a sua beleza natural. E enquanto tu caminhas no meio da festa, todas as outras damas tornam-se pretas e brancas, envergonhadas e invejosas com sua magnitude de rainha. Quando nossos olhares se encontram, meu coração pulsa fervorosamente e descubro enfim o porquê de eu estar naquele baile: Para caminhar nas nuvens ao seu lado. Envergonhado, porém ansioso, a convido pra dançar, você olha-me e dá o sorriso mais belo que já vi em toda minha vida. Tomo sua mão e caminhamos lentamente ao meio do salão, enquanto todos se distanciam em círculo de nós e a orquestra aguarda por nossa chegada. Com meus braços enlaço sua cintura de boneca, nossas mãos se cruzam no ar e nossas faces harmonizam-se juntas.
A música: Tango. E dançamos. É como se não houvesse chão para nossos pés, nem limites para nossos passos. Dançamos juntos, como se fizéssemos amor a luz de velas. E todos os casais, tornam a colorir-se novamente, entregando-se cada um em um beijo perfeito, de amor, paixão e desejo, embalados por nossa dança e ritmados pelas notas de nosso tango. O amor repentino que houve entre nós, espalhou-se por todo salão e contagiou a todos.
Súbito, a orquestra para. Todos os casais desaparecem e ficamos somente nós. Você, ainda com seu vestido de seda vermelho e eu, com o meu mais belo traje de gala preto.
As velas, que antes iluminavam nossa dança, transformam-se em estrelas, a luminária central, torna-se a mais iluminada lua cheia que já vislumbramos e o chão, antes espelhado refletindo toda a felicidade daquele salão, tornou em nuvens noturnas, soturnas e obscuras, porém, iluminadas pela estrelas e a lua. Olhamo-nos profundamente, sem dizer uma palavra somente. Posso sentir em suas mãos, o pulsar acelerado de seu coração, ainda sob o ritmo de nossa dança. Seu peito suspira e você expira desejo. Lentamente, buscamos na escuridão de nossos olhos
cerrados, o beijo eterno de paixão e carinho e quando enfim nossos lábios tocam-se tornamo-nos um só.
Seu busto, agora nu, busca o calor de meu peito arfante de prazer, minhas mãos percorrem lentamente por seu corpo ardente e seus braços apertam-me loucamente, como se nada mais houvesse na vida. Somente eu e você, minha linda.E entregamo-nos por fim, ao amor e desejo de nossos corpos...


Grecco Moralles

sexta-feira, 7 de março de 2008

Amor de Infância

À primeira garota por quem me apaixonei - Pré-escola/1986
.
.
Quando pela primeira vez te vi
Tinhas tão alva a pele, tão casta
Que no mesmo instante encantei-me por ti
E
éramos crianças, mas te vi
Tão bela e fascinante
Como ninguém jamais a viu

.
Crescemos, tua primavera alvoreceu
E de encantos e flores, teu corpo enfeitou.
Viras-te moça, viras-te dama formosa...
viras-te meu coração, que desde inocente era teu.
Te amei.
E sequer sabia ainda o que era amar

.
Surge a vida e traz a solidão
Solidão de ti, solidão em mim.
Sólida presença em meu coração
Que afasta-me de meu sonho contigo
E me perco de ti em minhas memórias
Quem amei? O que fui? Por que sou?
Sou tão só sem minha solidão de ti.
.
E agora? O que está por vir?
.
GRECCO MORALLES

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Amar

Amar é a forma mais bela de aflorar aquilo que há de mais adorável na alma humana. O amor é a flor da alma.

Amar é sentir-se bem, onde quer que esteja, tendo ao seu lado a pessoa amada. O amor é o paraíso dentro de cada um que ama.


Quando os olhos buscam no horizonte, no meio da multidão, alguém especial que há muito esperavam, e quando o encontram o sol surge em alvorada, povoando de luz e prazer a face contente de quem esperava e o ar torna-se tão leve que você parece esquecer de respirar, mas seu peito pulsa loucamente, como se ar não encontrasse... suas pernas tremem, fracas de ansiedade e envolvidas pelo frio que "irradia" de algum lugar dnetro de si, um frio quente que desfila acelerado por todos os ossos, segue espinha acima e domina seu cérebro. Não se tem mais pensamentos, não há razão nem sentido, só consequências da descoberta feita por seus olhos. Nesse turbilhão de sensações que correm desvairadamente por todo corpo e se encontram e chocam em um único lugar: seu coração, há, sem dúvidas, algo mágico e eterno. Quando tudo isso acontecer antes de seus olhos terminarem de piscar, diga para essa pessoa que enfim chegou: "Eu te amo."

"Colha uma flor no enorme jardim, repleto de flores, que é seu coração, seu paraíso, e respire seu perfume"



Grecco Moralles

Saudades

Sinto falta de alguém especial. Não que me complete, mas que me veja como um todo... não que me admire como pessoa ou me ame como homem, mas que simplesmente compreenda meus defeitos (que não são poucos).
Sinto falta de alguém singular, que quando junto a mim, torne-se um par, duas pessoas completas que quando juntas, completem todo o vazio que há no mundo. Sinto falta de uma moça... que me encante com seu sorriso de menina e me enfeitiçe com seu jeito de mulher, que me embale em seu abraço como se eu fosse uma criança e que se aninhe em meus braços como se eu fosse o único homem na terra.
Sinto falta de você, doce moça... Que através de suas palavras, me mostrou a preciosidade de admirar alguém e o calor de desejar esse alguém todos os dias... todas as noites...
Sinto falta de você, minha querida... Dos seus beijos que me aquecem e sua voz que me amansa. De seu corpo que envolve e seu olhar que enternece... Sinto tanto, que a saudade que sinto, o carinho que sinto, não cabem somente em mim, não cabem somente em um coração... Eu precisaria de mais uma vida, mais um coração, para talvez viver todo esse prazer e sentir todos os sentimentos que tenho por você, linda moça.


GRECCO MORALLES


quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

O Rouxinol e a Rosa


(inspirado no conto de Oscar Wilde - O Rouxinol e a Rosa -)
.
.
I
.
Já impávido, o sol surgia, demente
Quando em prantos um jovem penitente
Chorava por seu amor que o torturara
Clamava por sua amada que o deixara


Noite ainda quando sua dama lhe falou
"Traze-me uma rosa vermelha de amor
E meu véu de noiva levantarás, tão logo a traga
Antes porém, não mais terá minha mão tão delicada"


"Chega-me cá com a rosa vermelha e me beije
E com esse beijo somente tua eu vou ser
Porém, venha sem a rosa, e para me deixe"


E o jovem amante chorava amargamente, banhado pelo sol
Pois pensava estar só, só que não podia ver
Que de cima de uma árvore, o ouvia o pequeno rouxinol


II

"Onde acharei tão púrpura rosa
Para o meu poder encantar, tão cheirosa?
Nestas tristes paisagens de neve sem flor
Não há única rosa vermelha de rubor"


"Sem a rosa, meu amor perderei
E sem meu amor nada serei
Oh vida! o que será então minha sina
Deixar de ser amado? Eis o que me atina..."


E amargurado, o jovem amante chorava
E os bichos e as plantas por ele se condoíam
E o pequeno rouxinol dele se apiedava


Por sua amada, o jovem chamava...em vão
De tanto chorar, suas pálpebras lhe doíam
E somente o rouxinol, tão puro, entendia seu coração
.
.

III
.
Disse então o rouxinol, com voz cantante:
"Sara-te de tua dor, jovem amante
Que a ti farei feliz com um grande favor
Dar-te-ei a mais vermelha rosa flor"


"Não receies o que o destino lhe traz
Cura-te pois de tuas mágoas, nobre rapaz
Que de teu tão puro amor me apiedei
E por ti a mais vermelha rosa buscarei"


E o rouxinol fez tais promessas
Sem que o jovem o entendesse, chorava somente
E nada ouvia além do canto do rouxinol em festas


Entardecia quando para longe voou o rouxinol
Em busca do remédio para o jovem de puro coração
Deixando jovem amante, tristemente só.


IV

Enfrentando chuva e vento
Voou o rouxinol por muito tempo
Até que ao longe uma planta avistou
"É a roseira vermelha", o viajante pensou


Disse o rouxinol à roseira com seu canto:
"Dá-me uma rosa vermelha de encanto
Que para ti, toda noite cantarei
As mais belas canções que só eu sei"


"De bom grado lhe daria, meu amigo
Se rosas vermelhas tivesse aqui em meu dorso
Mas só rosas em meus ramos eu abrigo"


E o rouxinol seguiu em frente, triste
À procura da singela rosa, já receoso
Pelo jovem amante que deixou em riste


V

Voou por mais longe tempo ainda
Por entre folhas e flores tão lindas
Até que adiante, avistou a brilhar
Uma roseira bela de se apreciar


Disse então com voz tão delicada:
"Dá-me uma bela rosa encarnada
Qeu somente para ti cantarei
As mais belas canções que só eu sei."


"Não só uma te daria, mas milhares
Se cá as tivesse, tão belas são
Mas só rosas amarelas tenho, se bem me olhares"


E para longe foi o rouxinol, voando
Para encontrar rosa tão vermelha quanto seu coração
Pelo jovem rapaz, que chorava triste, mas amando


VI

Mais à frente ou rouxinol pode ver
Uma imensa planta ao vento se debater
Perto foi voar e alegre notou
Que enfim, a roseira vermelha encontrou


Falou então o rouxinol à parelha:
"Se realmente és uma roseira vermelha
Apiede-se de mim, servo do amor que sou
E dá-me tua semelhante rosa, sem temor"


"Se para mim deres tão bela rosa
Dar-te-ei minha palavra singela
Que para ti toda noite cantarei minha prosa"


"Cantarei as mais doces melodias
Que os poetas desejam para inspirar, de tão belas
Se me deres a flor encantada de magias."


VII

Respondeu então a roseira com louvor
"Pequeno rouxinol, enviado do amor
Encanta-me com tua promessa divina
E dar-te-ia tal rosa, se a tivesse, tão linda"


"Sou uma roseira vermelha, não te enganas
Mas minhas rosas morreram todas, profanas
Não aguentando o frio matinal, tão forte era
Não resistindo a fria neve, de tão severa"


"Rosas vermelhas demorarão a nascer
Somente quando todo frio cessar
E o quente verão, estas paisagens reter"


"Porém, quando tal dia estiver por vi, airosa
Tens minha sincera palavra, ei de jurar
Que somente tua será a minha primeira rosa"


VIII

"Oh! Não minha solitária roseira
Preciso da rosa hoje de qualquer maneira
Para que possa conseguir o jovem amante
Presentear sua donzela amada de relance"


"Crie, ainda que díficil, um milagre a mais
Una, neste momento, todas as suas forças vitais
E faça com elas a mais perfeita rosa
E dei-me-a, para pelo amor ser honrosa"


"Não notas meu grande desespero?
Por longe tempo voei, sem parar
Para no fim ter tamanho desterro?"


"Tão fraco estou, que mal posso me sentir
Mas mantenho-me firme, sem descansar
Para somente a rosa vermelha enfim conseguir"


IX

"Meu encantável pássaro amigo
É com grande pesar que vos digo
Que não posso uma rosa conceber
Ou em tão pouco tempo a conceder"


"Há porém, uma maneira para a rosa criar,
Mas ai de ti! Temo somente por pensar
Terás de sacrificar tua vida, sem resistir
Para uma rosa vermelha encarnada conseguir"


"Quando a lua cheia brilhar no alto
Terás de apoiar teu peito em meu espinho mortal
Até que seu coração ele toque de sobressalto"

"Então cantar-me-ás uma bela canção
Até o broto, `inda alvo, seu sangue sugar
E encarnado torna-se, como teu coração"


X
.
"Se essa é a única maneira, a farei
Pois é por amor tudo o que faço, bem o sei
Olhe, é a lua cheia já chegando
Preparar-me-ei para meu último canto"


Sacrificar-se-ia por uma causa nobre
Apesar de sua vida ser o que lhe cobre
Estava disposto a tudo, por amor
E assim o faria, em seu último clamor...


E disse com sua voz encantada:
"Cá estou pronto, a esperar
Para minha vida, a rosa dar"


"Darei todo meu sangue, se o for preciso
Para o broto ainda alvo encarnar
E torná-lo vermelho, então de narciso


XI
.
"Oh, pequeno rouxinol errante
Se-me-á díficil, mas o farei nesse instante
Pois bem sei que tudo é por amor
E somente por ele sofrerás tal dor"


"Agora aproxime deste espinho teu peito
E faça de meus frágeis galhos, teu leito
Comece a cantar agora tua mais bela canção de amar
Continue e não cesses mais de cantar"


E o corajoso rouxinol nada mais via
E mesmo muito fraco, só pensava em cantar
Cantava tanto, que seu corpo já não mais sentia

Sua canção falava de amores abandonados
Aqueles que não são correspondidos no altar
Aqueles que nos deixam só e calados...


XII
.
Cantou tanto o rouxinol, de si mesmo algoz
Até que sem forças, perdeu a voz
E caiu devagarinho ao chão, desmaiado
Vendo apenas um desenho vermelho encarnado


Era a rosa vermelha, a roseira garantiu:
" mais bela rosa vermelha que já existiu"
Brilhava tanto, que parecia um vermelho diamante
E com certeza agradaria o amor do jovem amante


"Olhe bem! Criaste a mais bela rosa que há!
Afinal, caro rouxinol, conseguiste
Isto com certeza a jovem amada agradará"


Mas o pássaro não ouvia mais, já penitente
Não mais sentia nem cantava. Sua feição era triste.
Sua alma, enfim, adormeceu celestialmente


XIII
.
E a roseira percebendo que o rouxinol cantante
Já mais vivia para alegrar a floresta dançante
Por ele chorou amargamente, sem sparar
Enquanto os outros animais o adoravam, como em um altar


Enfim, a roseira pediu ao pardal veloz
Que levasse sem demora a rosa algoz
À janela do jovem amante, rapidamente
para que ele a ofertasse à sua amada, de presente


E quando o jovem amante acordou
Viu em sua janela uma bela rosa
De tão linda que era, ele mal acreditou


E sem demora ele a tomou em seus braços
E dirigiu-se à casa de sua amante deleitosa
Para com a rosa reaver seu amor em pedaços


XIV

Porém, a jovem amante ao pegar a rosa
Disse: "Não mai quero essa flor horrorosa
Pois conheci ainda ontem um príncipe, que por mim se apaixonou
E é para ele que eu darei minha mão e todo meu amor


"Acaso uma ros tão feia e seca como couro
É capaz de comparar-se ao brilho do ouro?
Anda! Sai de minha casa, que ocupada estou
E com meu rico príncipe me encontrar eu vou!"


O jovem, de coração partido, foi e adoeceu
Jogada ao chão, ficou a negra rosa
E arrependido de sua vida, o jovem morreu


-Tanto amou o jovem, tanto sofreu o rouxinol
Para no final de toda essa triste saga
vossas vidas serem trocadas por vil metal-"


(e na floresta, todos animais e planta ainda choram de saudades pelo pássaro apaixonado...)


Grecco Moralles

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