
quarta-feira, 19 de março de 2008
Rua XIV

segunda-feira, 17 de março de 2008
Paisagem Pronta

domingo, 16 de março de 2008
Rascunho De Quando Eu Envelhecer

Em teu leito manso repouso meu curioso olhar
E busco teus segredos mais profundos (pois assim o és),
Por palavras tentar revelar, mas tuas vagas os escondem
Trazem meros sussurros de sua vida de encontro à areia
Para tão logo após a encontrar, desaparecem. Egoístas.
Como posso, Mar, encontrar em ti o que em vida não enxergo?
O sol, quando teu leito encontra, mar
Toca tuas frias águas e te faz ferver a superfície.
Lenda de marinheiro, sonho de criança
Navegar até teu limite e ver
Para onde o sol vai quando tu o cobres por inteiro.
Onde está agora?
Sentado em um banquinho de praia, no calçadão à beira-mar, o mar opõe-se a meus pensamentos e olha dentro de meu coração. -Quem é você?- Pergunta ele. –Um louco que busca inspiração em ti.– E suas ondas riem-se de mim infinitamente. Mostram seus dentes abertamente e cobrem-me de vergonha. Não tenho mais vida para desfrutar o mar. Apenas olhos para admirá-lo.
Duas crianças tomam minha atenção, correndo em direção ao mar. Dois garotos. Mesmo vestidos, brincam com a água e com as ondas que cobrem seus pés. E seguem assim correndo por toda a praia. Divertem-se tanto. Todo o mar parece divertir-se com eles.
Eu apenas olho. Perdi muito tempo pensando.
-Em que praia deixei minha vida?- Pergunto-me.
Suspiro e apanho meu lápis caído ao chão.
Grecco Moralles
O Beijo Que Não Dei (Último)

Ficou sozinho no palco, no aguardo
Dos aplausos daqueles que se foram
(E não o viram)
O beijo que eu não dei
Foi de todos o mais lindo, o mais intenso
E tornou-se o mais triste, o mais cinzento
Mas dentre os que desperdicei
Como sinto falta em meus lábios
Do beijo que eu não dei
A garota mais linda da escola
Jamais sentir-se-á realmente amada.
Quando em seu leito, a esposa entregar-se,
É de minha boca que desejará o nácaro
(E não o terá).
Não foi de ninguém... Nem mesmo meu.
De todos, é o que mais sinto falta
O beijo que eu não dei...
Não houve.
Quisera eu no tempo voltar
Quisera eu, jovem rejuvenescer
Em meus tempos áureos
Voltar a viver
E então, jamais deixar-te partir
Jamais soltar tua mão...
Enxugar a lágrima corrente de teu olhar
E deixar-te ver em meus olhos
Que para sempre iria te amar
Jamais soltar tua mão
E deixar, esperançoso, em teus lábios
o beijo que eu não TE dei.
quinta-feira, 13 de março de 2008
Para Ninguém
Por Grecco Moralles...
Sombras

sábado, 8 de março de 2008
O Baile Vermelho

A música: Tango. E dançamos. É como se não houvesse chão para nossos pés, nem limites para nossos passos. Dançamos juntos, como se fizéssemos amor a luz de velas. E todos os casais, tornam a colorir-se novamente, entregando-se cada um em um beijo perfeito, de amor, paixão e desejo, embalados por nossa dança e ritmados pelas notas de nosso tango. O amor repentino que houve entre nós, espalhou-se por todo salão e contagiou a todos.
Súbito, a orquestra para. Todos os casais desaparecem e ficamos somente nós. Você, ainda com seu vestido de seda vermelho e eu, com o meu mais belo traje de gala preto.
As velas, que antes iluminavam nossa dança, transformam-se em estrelas, a luminária central, torna-se a mais iluminada lua cheia que já vislumbramos e o chão, antes espelhado refletindo toda a felicidade daquele salão, tornou em nuvens noturnas, soturnas e obscuras, porém, iluminadas pela estrelas e a lua. Olhamo-nos profundamente, sem dizer uma palavra somente. Posso sentir em suas mãos, o pulsar acelerado de seu coração, ainda sob o ritmo de nossa dança. Seu peito suspira e você expira desejo. Lentamente, buscamos na escuridão de nossos olhos cerrados, o beijo eterno de paixão e carinho e quando enfim nossos lábios tocam-se tornamo-nos um só.
Seu busto, agora nu, busca o calor de meu peito arfante de prazer, minhas mãos percorrem lentamente por seu corpo ardente e seus braços apertam-me loucamente, como se nada mais houvesse na vida. Somente eu e você, minha linda.E entregamo-nos por fim, ao amor e desejo de nossos corpos...
sexta-feira, 7 de março de 2008
Amor de Infância

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Quando pela primeira vez te vi
Tinhas tão alva a pele, tão casta
Que no mesmo instante encantei-me por ti
E éramos crianças, mas te vi
Tão bela e fascinante
Como ninguém jamais a viu
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Crescemos, tua primavera alvoreceu
E de encantos e flores, teu corpo enfeitou.
Viras-te moça, viras-te dama formosa...
viras-te meu coração, que desde inocente era teu.
Te amei.
E sequer sabia ainda o que era amar
.
Surge a vida e traz a solidão
Solidão de ti, solidão em mim.
Sólida presença em meu coração
Que afasta-me de meu sonho contigo
E me perco de ti em minhas memórias
Quem amei? O que fui? Por que sou?
Sou tão só sem minha solidão de ti.
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"Busca Vida" : Paralamas do Sucesso - Um dos meus favoritos
Sempre em busca de inspiração.

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